18.2.06

repetida

autenticada: minha rima é fraca minha casa não é própria a cintura é mal feita os meus seios não apontam saturno eu nem sei passar batom! trabalho nos dois turnos não acredito no tempo. pra mim, a intesidade! me julgam sem argumentos - de parca credibilidade... meu ex é um babaca o atual pilha fraca o seguinte atrasado. não esbanjo longas madeixas meu pezinho não é de gueixa meus olhos não são azuis e minha conta vive no vermelho! eu tenho insônia e sofro de renúncia! minha caligrafia é torta! não endureço nem morta! mostro os dentes (e escondo uns medos) cresci ouvindo que pareço menino que me ponho moleca blá, blá, blá e perco o tino! na escola, fui má companhia e ainda há os que confundam minha alegria com mil ousadias! sou pura melancolia... convivo com azia. o pandeiro não me obedece detesto surpresas o cobrador não me esquece coloco meu coração na mesa pra que cortem suas fatias rogam que fico pra tia! sou tomada de defeitos: meu bamboleio é quadrado meu fluxo desregulado não faço planos só miro a intuição detesto dar satisfação! não ofereço segurança, cada qual com sua dança! e puxa! como me cansam as coisas definidas fixadas, estáveis e estabelecidas! desde sempre é assim: minha borracha se desmancha em tanto erro e engano... eu não tenho técnica desconheço a métrica minha prosa engana não sou boa de cama e sempre levo a fama!

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