Calvário da alma
É natureza do povo
Expressar sua cultura
É tradição sertaneja
Lançar pra terra seca
Olhar de esperança e candura
Subir ao cume da dor
E gritar literatura
Vívo ritmo da prensa
Que inventa xilogravura
Vem dos mouros esta força
De levantar da poeira
Encantos pro dia-a-dia
Pra não pensar que é boato
Apresento e mostro o fato
Tanta gente que luta
Para ocupar seu lugar
Transforma o prato vazio
Em cultura popular
Tem no cordão do feirante
Na alma do retirante
Na vida que vai adiante
De Garanhuns à São Paulo
Terra batida
Chão a perder de vista
A chuva que nunca cai
Avessa às lágrimas
Da viola do repentista
Nossa poesia persiste
Esse é o nosso pensar
O céu há de desabar
Seu choro há meses calado
De ver sofrer este povo
Que carrega a força da foice
A grandeza do sorriso
Começa tudo de novo
E outra vez se for preciso
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