28.9.12

povoada


se o corpo é a casa, a varanda é a mente.
o quintal, tem o mundo da família. 
- humanidade procriada em corações.
.
com a alma debandada de fronteiras, 
crio cidades fantasmas e sociedades
primatas lançam fogo no meu interior.

de cada estrela resta sua poeira,
sou passado e presente em tensão.
em cada novo há séculos e mais séculos de tradição.

sobre o amor, quem atira a primeira pedra
fundamental da existência?
não me venham com suas teorias ligeiras!

não sou eu, de dedo em riste, a fincar meus
alambrados nos olhos mais deslumbrados 
de quem se lança no mundo.

dos sonhos tão enjaulados pela escassez
de ousadia, não sou eu, não sou eu, não sou eu
que vou empacotar meu dia a dia.

que se ponham imóveis feito armários,
os que não festejam o milagre da unção
não tem quem me convença que a vida se vive inteira
se não há contradição.


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