15.11.12

poesia adormecida

pausa de enquantos!
a poesia também precisa
descansar! livrar do peito 
esta seresta desafinada 
da martelada rotina...
criar cenários de silêncios,
abandonar lentamente
os véus e as máscaras 
do dia a dia. 
deitar na rede 
pendurada sem paredes,
pisar estrelas no chão,
brincar de amarelinha,
nadar pelos ares em
braçadas, monotonias. 
só a poesia descansada
consegue tocar a vida 
pelas frestas 
da própria vida vazia.

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