humanamente
gosto de me olhar nos olhos refletidos no espelho e notar que já fui mais adulta. levo a vida tentando me desvincilhar dos meus truques. quero me desmarcarar. ando pelo mundo perguntando por que não?
é turvo o caminho de quem prefere a penumbra das dúvidas. mas o quanto se desperdiça ao mergulhar no poço raso das certezas? discernir formas no escuro é um exercício constante de quem se lança ao invisível.
manusear incertezas e dar novas formas a elas é um tipo de aprendizado pela contramão. um caminho pelo qual o relevo de novas experiências pode, a qualquer tempo, jogar por terra nossos conceitos... e plantar ideias reveladoras.
é preciso muita antenção no dia-a-dia: o moto-contínuo é um movimento em massa. é preciso escapar dessa engrenagem. por outro lado, o individualismo é um cobertor curto. e somos frágeis demais para vivermos sós.
a imprevisibilidade que o outro traz é encantadora. a rotina pode ser muito agradável para apaziguar a mente e o corpo. mas a rotina é também uma forma de controle que, em certa medida, desperdiça um bocado da criatividade da gente.
sejamos sempre livres para pensar e sentir.
1 comentario:
o que seríamos sem as interrogações? o espelho, personagem tão lúdico e inquietante, nos revela em nossas metamorfoses. o que seríamos sem movimento? só precisamos regar nossas raízes para que elas sejam fortes em qualquer estação.
* beijo quente nesse inverno
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