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linguagem
a palavra estala
na ponta da língua:
desejo.
a boca se abre,
quer libertar-se:
lampejo.
o som toca o ar,
revela o silêncio:
segredos.
ruídos se atrevem,
rompem a carne:
selvagens.
meus olhos atentos
te buscam sem erro:
no ouvido.
tua mão desafina,
confunde o caminho:
me toca.
tua língua entende,
engole a saliva:
garganta.
tua voz se levanta,
espanta meus ecos:
ruídos.
teus dedos conduzem
a nossa conversa:
avançam.
me enlaçam cintura,
coxas e seios:
vacilam.
sou pura dúvida,
não ouso dizer-te:
receio.
contamos bravatas,
velhas histórias:
nem creio.
suspendo as roupas,
verdades são nuas:
miragem.
e roço com gosto
minha fala na tua:
linguagem.
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linguagem
a palavra estala
na ponta da língua:
desejo.
a boca se abre,
quer libertar-se:
lampejo.
o som toca o ar,
revela o silêncio:
segredos.
ruídos se atrevem,
rompem a carne:
selvagens.
meus olhos atentos
te buscam sem erro:
no ouvido.
tua mão desafina,
confunde o caminho:
me toca.
tua língua entende,
engole a saliva:
garganta.
tua voz se levanta,
espanta meus ecos:
ruídos.
teus dedos conduzem
a nossa conversa:
avançam.
me enlaçam cintura,
coxas e seios:
vacilam.
sou pura dúvida,
não ouso dizer-te:
receio.
contamos bravatas,
velhas histórias:
nem creio.
suspendo as roupas,
verdades são nuas:
miragem.
e roço com gosto
minha fala na tua:
linguagem.
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3 comentarios:
Caramba!!! Queria ter escrito esses versos. Maravilhoso! Parabéns. Ótimo fim de semana p/você!
De tão bom dá até pra sentir durante a leitura dos versos.
Bjo
Lindo mesmo. E é difícil que um poema me convença... lindo.
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