fartura
sossego e paz!
fartei da tua indulgência!
tua boca suja
de beijos acres
de outro rapaz.
chegas tarde da rua.
sinto tua falta.
em que braços
teu corpo lufa?
e não é no meu! e não sou eu!
cansei de dar clemência.
estou cansado e a culpa é tua!
veja, amor, em que louquice
a gente se meteu!
não posso mais!
sossego e paz!
eu nem lembro mais
quem prometeu
deitar a vida na grama
daquela casa laranja
e jacarandás que ainda
não tivemos grana para comprar...
não venha com erva-doce, anis.
disseste é tudo que eu quis!
ah! tanto faz!
nem lembro que jurei jamais!
não tenha medo.
apago a vela do pavor.
descansa. agora é tarde.
e a lua não quer nascer
no ventre do desamor.
a lua não quer nascer no ventre do desamor.
a lua quer paz.
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