26.5.07

furta-cor
.
uma tarde de línguas assanhadas
que se metem uma na outra
como a madrugada, furtiva,
se mete na manhã
e a manhã na tarde
mudando tudo de cor...

esta tarde úmida de corpo
trêmulo por baixo da roupa
luzes indiretas
confissões delongadas
dedos prolongados
e dentes de borracha
a mordiscar, bem sei-os.

fuzo de carinho e passos de dança
irradiam cheiros de desejo!
depois, tudo vira poesia
duas crianças sem rumo
por que a noite é incoerente
e livre demais
pra nos manter juntos...

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