3.4.08

Brotoejas em flor
.
Ah! Como eu gostaria
de saber pensar como sinto!
Dar uma palavra para cada sensação.
Uma sentença a cada crença.
Ajuizar todas estas sementes
que nascem e morrem em mim.

Esta roda sem-fim que gira
em girassóis demasiados:
A mirra precisando d'água,
o manjericão, de mais cuidado
e as flores, estas benditas flores,
a me exigir delicadezas que não tenho!

Durmam rosas sem-culpa!
Não há chuva de idéias
neste meu corpo cansado de supor.
Eu pressinto nossos dias!
Entreouço nossos andejos!
Vos ofereço água e saliva,
mas não sei, senão amor.

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