5.5.08

sorte ou azar

o sorriso que não me falta,
na folga que não me solta,
garantem minha ribalta:
erro o passo, dou meia volta.

ninguém pode com minha
conduta. ofereço a qualquer
pessoa meu apreço
meu ombro à toa.

sei que a vida é sanfonada.
mas na certa sou precavido.
trago a tinta sempre comigo:
vai dar zebra, eu logo tinjo.

não confio em sorte ou azar.
nada dura mais de um minuto.
santo forte, colar-de-ifá,
sou um cabra bastante astuto.

1 comentario:

Rogério Tomaz Jr. dijo...

saudade de Belém
alegria de te ler
tristeza de uma garganta que não sara...