1.12.09

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nas chuvas

a maré vira
na esquina dobrada.
o sapo samba
ao som da cigarra.
a tarde seca
a chuva da manhã.
a poça cumpre
o papel do espelho:
a água reflete
o cinzazulsol.
o pássaro avoa
pra fazer o ninho,
a aranha tece
mesmo no frio,
a planta cresce
mesmo no vaso.
a vida acolhe
cada tristeza.
sorrir faz bem
a qualquer hora.
pra samambaia
o céu é o chão.
as juras passam,
que alegria
é desfazer-se
da ilusão!
depois voltar,
reancendê-las,
raspar o fósforo,
pegar com a mão.
as gotas pesadas
deste dezembro
batendo na luz,
na sombra,
e na alma
à beira de um novo
sopro/intenção,
à espera da força,
calor delicado,
pétala aberta
na escuridão.


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2 comentarios:

yaso dijo...

Achei você =)

nanda barreto dijo...

êba!
\o/