para saudar a casa nova,
uma poesia para a casa velha:
a casa me distrai com suas poeiras e novidades. tenho intimidade com seus cantos. e componho com seus silêncios.
nada na casa me estranha:
meto a mão por toda a parte.
reviro cada uma das gavetas, mudo a lógica dos seus amários.
e planto:
ideias, avencas, rotinas.
a casa não sabe por onde eu ando. nem desconfia o quanto eu sinto vontade dela.
a casa toda vazia acende em mim uma vela.
sua calmaria me abduz mais que a buzina das ruas, e da janela se vê uma praça.
árvores, joão de barro,
gente que fica e que passa.
a casa bem que podia, fazer inda mais minha alegria,
criar meia dúzia de asas.
4 comentarios:
uuuuuu
eso es una casa, cada arquitecto debería tener esto pegado en su mesa...
gracias fer, Gisele y yo te seguimos
Minha linda, estou extasiada com seus textos... não resisto e vou comentando... esse está lindo.
É assim que todo mundo deveria se sentir dentro da própria casa, como se ela fizesse parte do nosso corpo ou vice-versa... Não falo de apego, falo de se sentir bem no lugar que escolhemos para ser o nosso lar.
É um texto "aconchegante"...
Beijokas.
Adorei o texto.
Vou roubar com os devidos créditos. Posso?
Bjs
casa linda! ;)
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