10.2.11

jornalistas latinos fortalecem rede para debater gênero

a jornalista laura beatriz mora pale (foto) é diretora da teocelo - a primeira rádio comunitária do méxico - e veio para o curso de pós-graduação em comunicação e gênero do instituto internacional de periodismo josé martí, em cuba, com o objetivo de adquirir conhecimentos que possa aplicar no seu trabalho cotidiano. "sou a única mulher a dirigir a teocelo desde a sua criação, há 45 anos. sou ativista feminista e quero atuar no sentido de transversalizar a equidade de gênero dentro da instituição e também na relação com os ouvintes", garante.

na avaliação da salvadorenha vilma vaquerano, construir um caminho de mais igualdade entre homens e mulheres passa, necessariamente, pela formulação de leis que assegurem direitos e deveres de ambos. "fortalecer o campo jurídico é imprescindível. em el salvador tivemos recentemente a aprovação de leis importantes, uma delas trata da prevenção de riscos e acidentes no âmbito do trabalho e que, a partir da organização das mulheres, incluiu um enfoque de gênero".

outra vitória do movimento feminista salvadorenho, aponta vilma, foi a criação de uma lei especial pelo direito das mulheres viverem livres de violência - algo equivalente a nossa lei maria da oenha, no brasil. "a pena para esse tipo de crime foi ampliada mas, na minha opinião, o fato mais importante é que a nova lei contempla medidas preventivas, que encorajam as mulheres a denunciar os agressores", ressalta vilma, que é coordenadora de comunicação da organización de mujeres salvadoreñas por la paz.

intercâmbio em rede
estabelecer
uma rede internacional de jornalistas que atuam em questões de gênero é mais um dos focos da mexicana laura beatriz. "creio que vamos sair daqui com um bom panorama do que está acontecendo na américa latina e podemos manter contato para ajudar a nos posicionarmos em nossos países", defende a comunicadora, que mantém um programa chamado "despiertando en equidade", na teocelo, além da coluna "hablando de mujeres" no jornal alta voz.

manter-se atualizada sobre o tema de gênero e comunicação é também o que busca ana milena murillo moreno, que veio de bogotá. "não tenho uma militância específica na área de gênero. sou comunicadora social afrocolombiana e quero atualizar-me sobre este tema, especialmente no que diz respeito às campanhas em favor dos direitos das mulheres em outros países", conta.

1 comentario:

brunna rosa dijo...

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