28.11.12

de beber

poesia em pó
destilada em água
corrente vira
prosa em calda
entre as margens
da gente.
não tem curso
obrigatório,
na garganta vira
repente. não tem
forma nem calor,
mas tem cheiro,
tem sabor e 
um verso 
na espreita,
sempre iminente. 

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