15.6.06

sendo

fêmea
na areia
na cama
no cio
de copacabana.

lua
abusada,
permissiva.
que se mete a força
na moça
lambusada,
alusiva.

faz um motim
com as estrelas
pra me
iluminar
na nesga
negra,
da rua vazia.

une o poderio
dos astros.
concilia.

aponta o traço
no horizonte.
me deixa quieta.
eu sou longe.
vê o sol?
que te parece?

a mão do macho
que me aquece.
seca, suga,
esquece.

o raio
temporão
da lua
de ontem,
contrariando
o dia,
invade
a calçada
vadia.

e toda
gente
sente o calor.
o vapor.
o luar.
e a agonia.

2 comentarios:

Silvia Pavesi dijo...

Oi Fê, tudo?
De quem é essa poesia? Tua?
Adorei.
Silvia

Anónimo dijo...

demais né!!!

obrigada, gatosa !!!

besos, Cláudia