25.10.06

voa
descansa, menina,
do teu embalo.
firma as pernas
trêmulas, esgotadas.
seca teu suor.
fecha esta boca,
insalivada.
me dá regalo.
deita aqui do meu lado,
que abrando tua carne
tensa, terna, tenra, tesa.
aqueço este corpo moldado.
sustento teu sono.
esquece, menina...
acolhe minha mão
no teu ventre molhado.
suaviza, faz uma prece.
e sonha - que só o sonho é alado.

2 comentarios:

Ana Silva dijo...

Sonhos não possuem gravidade justificando assim o descanso, leves momentos.

Anónimo dijo...

ô minha menina!