26.9.06

atalho para manchetes

Primeiro você clica aqui e depois lê as capas de vários jornais mundo afora.

23.9.06

voto escancarado

eu só quero dizer que sou lula de novo.

olívio, rossetto, raul pont e tarcísio zimmermann.

vou até o rio grande votar.

21.9.06

Dia da árvore

Deu no "Bom dia" local de hoje (21): O Distrito Federal tem duas árvores para cada habitante. Você já escolheu as suas?
Dia de deixar o porsche na garagem

Amanhã (22) é o dia internacional da jornada "Na Cidade Sem Meu Carro". Uma data especialmente feita para você, pessoa sensível, de boa índole, interessada em qualidade de vida e comprometida com a evolução da humanidade.

A idéia é que a gente deixe o automóvel de lado e vá pro trabalho de ônibus, de bicicleta, de carona ou a pé. Afinal, a caminhada pode ser uma boa oportunidade para refletirmos sobre o custo-benefício do carro para toda a sociedade.

Sempre fico sonhando como seria o mundo se não tivéssemos adotado o modelo de transporte individual. Imagine Carl Benz ou Henry Ford:

"Tenho aqui uma máquina revolucionária! Um meio de transporte incrível, que vai reduzir distâncias e fazer o homem ganhar tempo!"

Vanguardistas que foram, não deixariam, naturalmente, de pensar no futuro da engenhoca:

"Bem, é verdade que, a longo prazo, o uso irracional deste veículo pode acarretar em alguns 'efeitinhos' colaterais, como a morte de milhares de pessoas todos os dias. Também precisaremos abrir vias e mais vias e ainda mais vias, para suportar a demanda e favorecer o fluxo de automóveis. Mesmo assim, corremos o risco de congestionamentos..."

Queria muito ter sido a pessoa que recebeu a proposta para bancar a fabricação deste invento. Eu diria NÃO! NÃO E NÃO! Ora, só no Brasil cerca de 30 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito. Esse número é muito maior que as baixas de guerra! Isso sem falar na poluição do ar e na poluição sonora e no estresse e no preço da gasolina e na exploração do petróleo...

Um lugar que exemplifica bem o uso desatinado do automóvel é o Distrito Federal. Aqui, há um carro para cada quatro habitantes. Ou seja, toda a população poderia se deslocar simultâneamente! Ao invés disso, cada um vai no seu. Um brinde ao individualismo!

Em contapartida, temos um sistema de transporte coletivo inadequado para atender a população. Mesmo tendo uma tarifa caríssima, a frota de ônibus não oferece segurança aos passageiros. E não há estômago que suporte o chacoalhar da carroagem. É simplesmente desrespeitoso, pra não dizer humilhante mesmo.

Quem anda a pé por aí, sabe que também faltam calçadas, faixas de pedestre e rampas de acesso. Faltam ciclovias e ciclofaixas. Falta um metrô que funcione, inclusive nos finais de semana. Faltam pontos de ônibus. Faltam os póprios ônibus!

Como não dá pa voltar atrás e jogar um balde de água fria na cabeça dos inventores do automóvel, uma boa alternativa é participar da campanha "Na Cidade Sem Meu Carro".

A jornada é um dia para demonstrar a insatisfação com o transporte, o trânsito e a acessibilidade nas vias públicas. Um dia de protestar contra o desrespeito ao direito de ir e vir. Já pensou se houvesse um automóvel para cada habitante? Insustentável, né? Então, já sabe: de carro, só se for acompanhado.

Atividades criativas e recreativas sobre educação no trânsito serão realizadas por todo o país, alavancadas pela ONG Rua Viva.

Em Brasília, que comanda a ação é a ONG Rodas da Paz. Às 8 horas haverá concentração em fente à torre de tevê para passeio ciclístico em direção ao Bloco A da Esplanada. A partir das 10 horas será realizado o seminário “Jornada Na Cidade Sem Meu Carro”. No final da manhã será inaugurada a exposição de fotos “Bicicletas pelo Mundo”.

18.9.06

suspiros esparsos

ontem,
lua de meio
compasso,
eu era brasileira,
batuqueira,
vanguardista,
dianteira,
concisa,
inteira.
eu era
esparramada
no teu
abraço.

hoje,
não há braços.
amanheço
estrangeira,
sem eira
nem beira.
estilhaço.
só uma
vontade
ligeira
de mandar
tudo pro espaço.
Sem chover no molhado

A Revista O Dilúvio chega a sua oitava edição ainda mais linda, inteligente e gostosa de ler.