plataformas artificiais
se você ousar descer do salto
e sentir o calor nu deste chão
viverá o vento discreto que sobe
por baixo das saias das mulheres
que dizem sim para dizer não.
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29.4.09
16.4.09
arroz com feijão
pendura a roupa no varal.
torce por mais vendaval,
logo vai dar meio-dia. a louça
toda na pia. seca os punhos
no avental, rebola até o fogão.
colhe os temperos a tempo.
reserva a panela de barro,
raspa o gengibre e o alho.
salpica o manjericão. corre
a colher pelas beiras. corta
espinafre em tirinhas.
abobrinha, vai inteira.
uma pitada de sal,
mais duas de açafrão.
pica cebola em rodelas.
chora pelas gamelas:
é mel misturado em limão.
serve o almoço em tijelas,
enfeita com flor e almeirão.
reserva o garfo e a faca
e come tudo com a mão.
torce por mais vendaval,
logo vai dar meio-dia. a louça
toda na pia. seca os punhos
no avental, rebola até o fogão.
colhe os temperos a tempo.
reserva a panela de barro,
raspa o gengibre e o alho.
salpica o manjericão. corre
a colher pelas beiras. corta
espinafre em tirinhas.
abobrinha, vai inteira.
uma pitada de sal,
mais duas de açafrão.
pica cebola em rodelas.
chora pelas gamelas:
é mel misturado em limão.
serve o almoço em tijelas,
enfeita com flor e almeirão.
reserva o garfo e a faca
e come tudo com a mão.
14.4.09
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Persépolis
Persepolis é uma animação delicada. Suscita risos mas também nos faz refletir sobre as "humanidades/atrocidades" dos seres humanos. É sobre a experiência da iraniana Marji, desde sua infância até a fase adulta. Ela tem 9 (ou 10?) anos e leva uma vida alegre. Seu maior sonho é ser profetisa (e crescer logo para poder depilar as pernas).
Marji tem uma educação "meio de raiz, meio de esquerda" e acompanha as mudanças políticas e sociais do seu país. É com muito sofrimento que ela vai descobrindo as atrocidades praticadas pelo regime vigente. Aí vem a Revolução e (quem esperaria?), com ela, ainda mais censuras à liberdade. Não se podia beber, escutar músicas e as mulheres viviam cobertas...
A guerra ganha as ruas e os pais de Marji decidem que ela deve morar na Áustria. Enfim, enfim... A animação é encantadora. Toda em preto e branco e contada de trás para frente, como uma lembrança de Marji adulta. Assisti a última parte hoje (é que eu vejo filmes como quem acompanha seriados, em capítulos) e acabei de bater um google para saber mais sobre o longa.
Me pareceu autobiográfico e, de fato, é. É também uma adaptação de uma história em quadrinhos, que inclusive já foi lançada no Brasil pela Comapanhia das Letras (se alguém quiser me dar um presente...) A autora é Marjane Satrapi e a animação e os quadrinhos foram uma forma de ela contar o que viveu. Já ganhou vários prêmios e talvez só eu que não conhecesse mesmo...
Mas aí vai a dica: é imperdível. Papo de amiga. É sério.
Persepolis é uma animação delicada. Suscita risos mas também nos faz refletir sobre as "humanidades/atrocidades" dos seres humanos. É sobre a experiência da iraniana Marji, desde sua infância até a fase adulta. Ela tem 9 (ou 10?) anos e leva uma vida alegre. Seu maior sonho é ser profetisa (e crescer logo para poder depilar as pernas).
Marji tem uma educação "meio de raiz, meio de esquerda" e acompanha as mudanças políticas e sociais do seu país. É com muito sofrimento que ela vai descobrindo as atrocidades praticadas pelo regime vigente. Aí vem a Revolução e (quem esperaria?), com ela, ainda mais censuras à liberdade. Não se podia beber, escutar músicas e as mulheres viviam cobertas...
A guerra ganha as ruas e os pais de Marji decidem que ela deve morar na Áustria. Enfim, enfim... A animação é encantadora. Toda em preto e branco e contada de trás para frente, como uma lembrança de Marji adulta. Assisti a última parte hoje (é que eu vejo filmes como quem acompanha seriados, em capítulos) e acabei de bater um google para saber mais sobre o longa.
Me pareceu autobiográfico e, de fato, é. É também uma adaptação de uma história em quadrinhos, que inclusive já foi lançada no Brasil pela Comapanhia das Letras (se alguém quiser me dar um presente...) A autora é Marjane Satrapi e a animação e os quadrinhos foram uma forma de ela contar o que viveu. Já ganhou vários prêmios e talvez só eu que não conhecesse mesmo...
Mas aí vai a dica: é imperdível. Papo de amiga. É sério.
12.4.09
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