11.2.10

purpurina

exceto quando eu era criança, nunca gostei de carnaval. passei a adolescência incólume aos blocos organizados por amigos e nesta época sempre fugi para lugares isolados, com mar ou cachoeira. na quarta de cinzas, diferente dos foliões, eu estava renovada, pronta para levar adiante este "intervalo insuportável entre o carnaval e o ano-novo".

depois disso, quando vim morar em brasília, ensaiei minhas primeiras folias nos bloquinhos da capital: galinho, pacotão, suvaco da asa. mas só fui entrar em contato com o espírito prodigioso do carnaval em 2008, no rio, e nem foi por iniciativa própria. acontece que descolei um namorado fanfarrão e ele me levou pro meio da bagunça.

eu recomendo! o carnaval é a grande licença-poética do brasileiro. o clima brincante predomina e todo mundo se mistura. é realmente impressionante. em 2009, repetimos a dose e saracoteamos horas a fio, debaixo de sol e chuva, pelas vias da cidade maravilhosa. os blocos de rua são o que há de mais divertido o ano inteiro.

mas desta vez, munidos de perucas, acessórios e fantasias, vamos subir ladeiras e cair no frevo! chegaremos em olinda nesta sexta-feira e não respondo mais por mim: vou virar erva venenosa, índia canibal e laurita buena onda (minha personagem carnavalesca). além disso, serei namorada de um palhaço, da geisy arruda e de jesus cristo.

e só ele pode nos salvar =)


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