21.4.10

meditação

pensou na vida cotidiana, áspera e confusa. nas tantas vezes que não segurou as pontas de suas ambiguidades. pensou na corrida desenfreada dos projetos humanos. em como os dias tinham um tom de repetição, como se o som dos acontecimentos ocupasse o lugar que a nota anterior deixara livre, numa sinfonia pueril a emendar manhãs, tardes e noites. uma melodia silenciosa que nos enche de vibração e orquestra a coisa toda, até mesmo quando tudo parece perdido. sentiu uma pontinha de esperança. e foi aí que pensou nos ipês. brancos, amarelos, roxos. daí para o amor foi um pulo. um pulo no precipício das incertezas.

2 comentarios:

Rogério Tomaz Jr. dijo...

lindo, profundo, reflexivo, romântico e ecológico!! adorAmei!

dansesurlamerde dijo...

que bonito...