meditação
pensou na vida cotidiana, áspera e confusa. nas tantas vezes que não segurou as pontas de suas ambiguidades. pensou na corrida desenfreada dos projetos humanos. em como os dias tinham um tom de repetição, como se o som dos acontecimentos ocupasse o lugar que a nota anterior deixara livre, numa sinfonia pueril a emendar manhãs, tardes e noites. uma melodia silenciosa que nos enche de vibração e orquestra a coisa toda, até mesmo quando tudo parece perdido. sentiu uma pontinha de esperança. e foi aí que pensou nos ipês. brancos, amarelos, roxos. daí para o amor foi um pulo. um pulo no precipício das incertezas.
2 comentarios:
lindo, profundo, reflexivo, romântico e ecológico!! adorAmei!
que bonito...
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