11.6.10

macarrão cultural

brasília não tem becos. mas acredite: suas amplas avenidas guardam muito mais mistérios do que ministérios. o congresso nacional e o palácio do planalto ficam a 10 minutinhos dali. no entanto, o ambiente do macarrão na rua está a quilômetros da imagem que a gente costuma fazer da capital federal. de segunda a sábado, o estacionamento de uma quadra comercial da asa norte se transforma num misto de restaurante com centro cultural. a partir das 18 horas, os carros cedem espaço para mesas, cadeiras, palco e decoração.

o cardápio faz o gosto e o bolso da freguesia: espaguete, talharim, nhoque e mais meia dúzia de massas com diversas opções de molhos - tudo produzido artesanalmente - a um preço médio de R$ 8,00. "a gente procura oferecer um serviço de qualidade e diferente do que se encontra por aí", ressalta carla alessandra, que em 2002 teve a ideia de montar o negócio em parceria com o sócio ronaldo de camargo.



o lugar também serve caldos, cachorro-quente, cerveja, vinhos e aposta na programação cultural para atrair o público. o palco é montado entre as mesas e a carrocinha de massas. uma parceria com a escola de música de brasília garante shows de artistas virtuoses todo dia 29 - data do nhoque da sorte. além disso, os proprietários organizam espetáculos teatrais, bazar e até mostras de filmes.

há dois meses em brasília, o engenheiro civil douglas ângelos aprova a iniciativa. "eu moro perto e o lugar chamou minha atenção. tenho vindo muito aqui, gosto da comida e da música ao vivo", destaca. o colega de profissão elivelton roberto também virou frequentador assíduo. "o lugar é descontraído, a comida é boa, não é tão caro e acho que o ambiente da rua deixa as pessoas mais comunicativas".

conectado com as redes sociais, o macarrão na rua se comunica com seus clientes por meio do orkut e do twitter. outra preocupação é com o meio ambiente. "procuramos evitar ao máximo o uso de materiais descartáveis, o que não é muito fácil quando se trabalha na rua. Mesmo assim, estamos avançando e, aos poucos, vamos substituindo nossos utensílios por materiais duráveis", destaca carla.


2 comentarios:

Marina Tavares dijo...

Tá aí um lugar muito bacana em Brasília! Eu morava em frente!

Depois me toquei, respondi seu comentário no meu próprio blog. Não é lá a melhor maneira de manter contato, né? hehe

Olha, vou ficar bem feliz mesmo em receber o poema!!!

PS - Muito bom o livro. Adoramos.

Beijo

Anónimo dijo...

Que bonito macarrão na rua com violino!

Guilherme