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Pelo acordo, o governo
de Tarso Genro deveria assentar mil famílias até 2012. A promessa, no entanto, continua só no papel e até agora nenhuma família teve seu direito
garantido. "Estamos determinados: pra gente sair daqui só com um
assentamento concreto. Temos companheiros que estão há 7, 8 anos vivendo
debaixo da lona, lutando pelo direito de produzir. É um vida dura",
salienta trabalhador rural João Paulo da Silva, que deixou o acampamento
Nova Esperança, em Santana do Livramento, para participar da ocupação.Por
volta das 10 horas da manhã, a primeira viatura Resistir, produzir
Em situação semelhante está a agricultora Suzana da Silva, que é vizinha de acampamento da Jussara, em Charqueadas. "Eu tenho um guri de 12 anos e uma guria de 8. A mais nova aprendeu a caminhar e a falar num acampamento do MST. Estamos na luta há muito tempo. O governo prometeu e já é hora de cumprir. Só vamos sair daqui com a terra na mão. Sabemos que não será fácil, mas nada vem fácil pra gente".
Apesar das dificuldades, Suzana gosta da vida que leva. "Estamos ensinando nossos filhos a lutarem pelos direitos deles. E o acampamento é uma grande família. Aliás, eu conheço muita família por aí que não tem a união que nós temos. Isso acontece porque temos um mesmo objetivo, estamos juntos no mesmo barco", acredita.
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Ação integrada
Outras duas ocupações foram realizadas simultaneamente no Rio Grande do Sul. No município de Vacaria, no Nordeste gaúcho, aproximadamente 400 famílias de sem-terra ocupam uma área pública, de responsabilidade do governo estadual. Em Sananduva, cerca de 200 pessoas ocupam uma área de 320 hectares.
"O governo diz que não tem dinheiro, mas ele tem. O que o governo não tem é prioridade com o pequeno agricultor. Nesse caso de Vacaria a área é deles e não teriam que pagar nada. Esta outra área aqui de Viamão está na mão do tráfico e já deveria ter sido expropriada", reclama João Paulo da Silva, que é filho de pequenos-agricultores assentados e atua no MST há quase 10 anos.
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