coelho por lebre
na sociedade do descartável,
falta tempo para trocas.
o dinheiro é insone
e tem gente que nem come.
o sonho anda ao esmo.
a necessidade prolifera
e meu gosto por tato
não é mais o mesmo.
na sociedade do descartável,
ninguém molha o meu olho.
eu me sinto em eterno molho!
ninguém tira minha embalagem.
ninguém me seca,
ninguém me toca,
ninguém me nada.
na sociedade do descartável,
a urgência, besta fera,
devora minha quimera,
engole minha inocência.
sou um punhado de dúvidas
e um resto de reticências...
será que é tudo descartável?
e o amor, será biodegradável?
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