perplexos
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teus olhos, cor de madeira, confundiam-me manhãs inteiras. mesmo aquelas em que chovia. e eu acordava úmida e te contava dos sonhos e você sorria. não se sabia o que era sério ou brincadeira naquelas primeiras hora do dia. eu zombava das impossibilidades, você me taxava louca, escarnecia. e reduzia tudo o que não se pode tocar, ao compartimento do banal. então, com as mãos vazias, eu gotejava em tua boca e me juntava ao teu corpo como prova de que toda fantasia pode ser real.
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