9.3.12

meus ais

tem vezes que simplesmente não importa: penso com o fígado. escrevo a pleno pulmão. uma letrinha atrás das outras, o que vier na minha cabeça, escrevo para transbordar. e ficar pela boca de novo. pra ficar por pouco. esperando a próxima gota que sempre vem acompanhada de novas gotas, chuva, chuva, chuvarada. 

minha enxurrada 
arrancando as flores 
do cerrado de mim. 

..............e vem o sol. e tudo brilha. e tudo seca. o fogo pega e devasta, devasta. é quando as raízes buscam água lá no fundo, entranhadas na terra profunda que une todo o mundo. por baixo dos sais, na proa do cais que navega em direção em alto mar, debaixo da tempestade que confunde o oceano, escrevo para ficar em paz.

2 comentarios:

Silvia Pavesi dijo...

gosto cada vez mais de teus textos.

nanda barreto dijo...

que bom silvinha!!!! \o/