quantos junhos ainda teremos, quem saberia responder? mês bom de comer pinhão, pular fogueiras e deixar-se levar pelos sabores de um delicioso quentão preparado no capricho. ô meu querido são joão, dai-me festas juninas em abundância, pois fazia anos que eu não vivenciava o inverno gaúcho e o mar aqui congela peixe!
um cobertor de orelha aqui, um arrasta pé ali e muito coração quente querendo construir pontes. só mesmo o comichão do amor faz a gente sair de casa num frio destes. de repente somos todos açoitados por uma vontade de namorar, uma vontade tão danada que começa lá no dedão do pé e sobe arrepiando as costas da gente até o finalzinho da nuca.
não chega a ser solidão, mas quando o outono vai embora parece que inflama a razão do poeta: de fato, é impossível ser feliz sozinho. não importa que o par perfeito não caia como uma luva. é tempo de dar as mãos e enamorar-se ainda mais dos amigos. jantares, vinhos, domingos no parque e este desejo de olhar bem firme nos olhos do outro e abraçá-lo como quem diz: julho ainda está por vir, mas estamos juntos e sobreviveremos.
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