mau gosto
que jeito de ser é este
que não nos teus abraços?
onde anda o amor
que estava bem aqui?
e esta boca seca de mel e gozo?
ora, quanta falta de primor!
estas cores desbotadas
cintura sem enlace
vontades abortadas
e as mãos a expurgar de mim
este excesso diverso de frio e calor
não me poupe!
veja quanta falta de primor!
não há paulinho que viole
ou cartola que surpreenda
este amargo dissabor
de língua contida
e este corpo que não bole!
destempero! desespero!
ah...quanta falta de primor!
e a vontade vampira
de sangue quente?
apresse este corpo prá cá!
que meu colo quase esquece teu labor!
não fosse teu gosto de pescoço
me rendia
a tua falta de primor...
as luas me passam rentes
nesta tesão míngua
cheia, nova, crescente!
e eu derreto surda entre os dentes
ora, meu bem, faça-me o favor!
sejamos nefastos e honestos
não convém tanta falta de primor!
1 comentario:
Oi. Qdo vejo um blog como o seu volto a pensar que nasci sem nenhum dom para poesia, para a escrita. Acho que sou tão lógico que foi mais que óbvio as escolhas que fiz na vida... Você escreve bem, pena que tal como eu não somos nenhum fenômeno de ibope. Conheco um colega legal com um blog no estilo do seu, o Anomia. Se não conheces vale a pena: http://anomia.blogspot.com/ []'s Luccks. (luccks.com/blog)
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