4.7.05


tudo enquanto tanto

As coisas são tantas quantas e eu as quero todas. Minhas escolhas solavancam ao ritmo dos dias. Vezenquando me perco nos meus becos. Me descubro nos meu erros. Não receio meus medos. Hoje vi a última estrela da manhã se apagar. Há um coração fechado pra mim. O governo é rodrigueano. O meu plano está sem piloto. Eu, sobradinha. Deseixada. Tresloucada. Meus amigos me mimam demais. Minha mãe diz que não tenho jeito. Minhas contas, atrasadas. Minha sobrinha amadurece e ganha formas longe de mim. Independe de mim, afinal. Me sinto extemporânea e mantenho esta descrença na impossibilidade. Acho o desejo bonito. Sou calcada em sensações. Me encantam as dúvidas. Tive insônia noite passada. No fundo, somos só seres humanos. Acredito no amor. Adoro tomar banho na madrugada. Sentir o cheiro do sono dos meus vizinhos. Ler e sonhar. O beija-flor me visita. Está tudo exatamente no seu lugar. Esgaço meus sentimentos. E teço. Me enrolo nos lençóis da vida pra ganhar elasticidade. Dou jeitos às idéias. Brinco de palavras. Tenho um batuque no peito. E não sossego enquanto eu não for tudo.

http://www.gilbertogil.com.br/sec_discografia_obra.php?id=307

No hay comentarios: