1.6.06

pedacinhos
na telha
saio de veneta:
inebrio, danço,
perco a caixa preta.
o brinco, o pudor,
o tamanco.
anoiteço nos braços
de um saltimbanco.
revezo
há um abismo
que avisa:
o vão sempre
vira relevo.
retórica
tu vens cheio de desvelos
me convida a tecer história:
alinhavo de conta, sorrio.
pois bem sei que
tua mémoria
é mais curta que meu cabelos.
e tua paixão está sempre por um fio.

2 comentarios:

Anónimo dijo...

desnovelo

você
sumo
e cio
molha a rede
de histórias

eu

e seco
me perco
em memórias

a tarde
ardente
e lenta
morde sem ferir
o rijo silêncio


zeca

Anónimo dijo...

mal
revelo
velo
meu

desvelo