14.1.11

bancos comunitários


criados com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento local, os bancos comunitários ganham força e se multiplicam pelo país. tratam-se de instituições financeiras gerenciadas por moradores de bairros de baixa renda de todo o brasil e que têm conseguido melhorar a vida de muita gente.

eu sou fã-confessa desses bancos e já tive a oportunidade de conhecer alguns espalhados pelo país. o assunto também foi tema da um painel realizado na 9ª expo brasil desenvolvimento local, evento no qual frilei lá no rio - feliz da vida - mais uma vez este ano.

quem esteve lá conosco foi o joaquim melo, idealizador do banco palmas - que funciona há mais de 10 anos em fortaleza (ce) e já reaplicou sua metodologia em 51 comunidades.

“cada um desses bancos tem sua estratégia, seu conselho gestor e sua moeda social”, destacou joaquim, que também preside a rede brasileira de bancos comunitários. de acordo com ele, um dos principais requisitos para montar a instituição é a participação dos moradores e o controle social.

crédito facilitado

exigências como renda declarada em folha e tributos elevados afastam cerca de 70% da população brasileira do sistema financeiro tradicional. por isso, a principal diferença dos bancos comunitários para os oficiais é que eles não visam o lucro. em vez disso, apoiam o desenvolvimento local integrado por meio do financiamento a pequenos grupos produtivos.

o crédito aos empreendimentos é associado às contrapartidas sociais, como oferta de empregos para jovens da própria comunidade. para empréstimos em real, a taxa de juros fica sempre abaixo da praticada pelo mercado. além disso, em moeda social não há cobrança de juro.


de acordo com joaquim, o primeiro passo é fazer um levantamento socieconômico do bairro para descobrir nichos de negócios. "não adianta a gente emprestar recursos para o morador abrir um supermercado se na mesma rua em que ele mora já existe um estabelecimento desse tipo", defende.

moeda alternativa

além de incentivar a produção local, outro ponto importante é estimular que a população gaste o dinheiro no próprio bairro e é por isso que cada banco também possui sua própria moeda. o objetivo da moeda social é incentivar a compra de bens e serviços produzidos na comunidade, movimentando a economia do território.

para cada moeda social emitida, deve existir, no banco comunitário, um valor correspondente em moeda oficial. a circulação da moeda alternativa é livre no comércio local e todas as pessoas cadastradas no banco comunitário podem trocar a moeda social por real, caso queiram fazer uma compra ou pagamento fora do município ou bairro.



a foto que ilustra este post lá em cima foi feita por mim mesma =), acho que em 2008, durante os 10 anos do banco palmas.

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