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18.3.13

pernas pro ar



e a preguiça dominical, costumeira, estatelou-se na realidade exagerada da segunda-feira.

15.3.13

abstinência

ela tinha febre quando, antes de dormir, pesquisava o corpo dele com a memória. depois, despertava vazia, encharcada de saudade.

1.9.11

saudade

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tua ausência traz um friozinho pela brecha da janela, entra com o feixe de luz por baixo da porta. tua ausência não me deixa.
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27.2.11

liberdade

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foi de mala e cuia: mudou-se para o hospício de livre vontade. quis fugir dos talões e cartões. dos abraços sem calor. do crédito e do débito. das contas, hipocrisias e tantas outras correntes...


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12.2.09

Passear em si

Perambulou pela casa atrás de uma taça de vinho e, inebriada, tropeçou na mágoa que havia deixado num canto.



Liberdade

Mudou-se para o hospício de livre vontade. Quis fugir dos talões e cartões. Do crédito e débito. Das contas. E tantas outras correntes....


27.1.09

Ex-namorados

Depois de quatro anos sem contato, encontraram-se no elevador. Ele vacilou ao abraço. Ela sorriu e logo anotou seu e-mail num papelzinho. Ele recebeu o guardanapo rabiscado e pensou que o tempo é uma coisa boa. Às vezes, a distância aproxima as pessoas.

10.1.09

amor em pó

Sustentaram durante muito tempo a miséria um do outro. Uma coisa que chamavam amor. Mas era medo. Medo de ficar só.

finito

Sentiu os olhos dela fincar-lhe as costas quando saiu. Havia gritos em seus ouvidos. E uma dor na garganta por terminar daquele jeito.

desora


Estava sempre atrasado. Inclusive agora. Não destes atrasos que fazem perder a hora. Mas um retardo que nos deixa para trás na vida.

5.1.09

Madrugada

A noite caiu de madura. A madrugada espiou a insônia. A lua pousou de senhora. As ilusões amanheceram anônimas.


outros microcontos aqui.

11.11.08

Quase
Fitou o veneno sobre a mesa. Lamentou a vida. Aqueceu a água. Preparou o chá. Anteviu a sorte. Esqueceu a mágoa. Suspendeu a morte.

Rastros
Leu o bilhete e abriu a porta. Entrou. A casa estava vazia. A vela de ontem continuava acesa. E havia cinzas de incenso sobre a mesa.

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31.10.08

Fora da nova ordem mundial

Burlava o calendário, tolas páginas moribundas. Abria as janelas. O vento batia ao contrário. Escrevia sábados nas tardes de segundas.

30.10.08

Extemporânea

Pulou carnaval na sala em pleno agosto. Postou cartão natalino em abril. Rasgou o calendário. Banalizou todas as datas queridas. E foi feliz todo dia.

29.10.08

Inquietude

Acordou inquieta. Quis que sua alma não soubesse a tristeza do mundo. Quis não saber ler, escrever ou falar. Temeu a loucura.

23.10.08

Paixão

Nas noites em que morriam de amor, seus corpos não eram mais corpos de gente. Eram bichos que ardiam por lentas horas até cairem no sonho.

17.10.08

Marcas

Aproximou-se do espelho. Esticou as laterais dos olhos com as pontas dos dedos e riu pois lembrou que, apesar de tudo, sabia sorrir.

14.10.08

O amor é cego?

Ele era míope. Ela, estrábica. Mesmo assim, foi amor à 1ª vista. Saíram no meio do baile. Tiraram a roupa. Se leram em braile.

13.9.08

Lembrança

Queria esquecer. Queimou as roupas de cama. No banho, esfregou-se louca de unhas e furor. Não adiantou. Trazia o cheiro dele no corpo.

12.9.08

Balé

Escurece. Sento à escrivaninha. Acendo uma vela na outra. Anoto cubos e espirais no bloquinho, enquanto minha solidão dança pela sala.

6.9.08

Abstinência

Ela tinha febre quando, antes de dormir, pesquisava o corpo dele com a memória. Depois, despertava vazia, encharcada de saudade.
Discutiam a relação:

Eu te.
Tu me.
Nós o que?
Ah, quem vai saber?

4.9.08

Solta

Saiu de veneta. Bebeu, dançou, perdeu a caixa preta. O brinco, o pudor, a saia, o tamanco. Amanheceu nos braços de um saltimbanco.