a batalha é pelo direito de escolha da mulher em praticar ou não o aborto. as leis que criminalizam a interrupção da gestação são absolutamente descoladas da realidade. quem considera assassina a mulher que resolve não levar a gravidez adiante, esquece que o aborto representa a primeira causa de mortalidade materna em países como argentina, chile, guatemala e panamá. aqui no brasil, no equador, em honduras e no méxico o aborto inseguro constitui a terceira causa.
então é assim que defendemos a vida?
hoje é o dia de luta pela discriminalização do aborto na américa latina e caribe. portanto, é um dia de campanha pelo direito da mulher à vida, à igualdade e à autonomia. digamos que seja uma data de mobilização para promover o debate e levantar perguntas sobre tema que costuma ser sempre reduzido ao eterno "você é a favor ou é contra?".
caso de família, de saúde, de carolas, de polícia ou de toda a sociedade?
caso de família, de saúde, de carolas, de polícia ou de toda a sociedade?
uma pesquisa realizada ano passado com 2.002 mulheres pela universidade de brasília mostra que do total de entrevistadas, com idade entre 18 e 39 anos, 15% já fizeram pelo menos um aborto. se projetarmos esse percentual sobre a população feminina do país nessa faixa etária, que segundo o ibge é de 35,6 milhões, estaríamos falando de 5,3 milhões de mulheres.
essa pesquisa trouxe elementos novos porque até então as estatísticas disponíveis sobre aborto no brasil eram relacionadas sobretudo a curetagens feitas nos hospitais, sendo que a maioria dos abortos são clandestinos. outro aspecto interessante do estudo é o perfil das mulheres: 81% delas têm filhos; 88% têm religião e 64% são casadas.
ou seja: a minha mãe solteira e a sua tia católica. a fofa da sua prima. nós e nossas nossas amigas. eu e qualquer uma de nós.
vamos todas presas por isso?
vamos todas presas por isso?
Saiba porque o aborto deve ser permitido no Brasil from Universidade Livre Feminista on Vimeo.
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