22.12.10

então, é natal

este ano vou passar o natal com a família. quem me conhece sabe que isso é mais acaso que prioridade. é claro que morro de saudades do pai, da mãe, das tias, irmãos, sobrinh@s, da tropa toda, e essa data acaba sendo uma oportunidade de reunir todo mundo.

mas é que realmente me incomoda esse estresse maluco que o consumo exacerbado gera: luzinhas piscando sem parar, milhares de renas, a música da simone, sacolas de presentes, supermercado, filas infinitas, comida para a ceia, roupa nova, frenesi.

da minha parte, acho os enfeites natalinos de extremos mau gosto. são peduricalhos que desfiguram a cidade. e sério: chega a dar agonia ver estes caras vestidos com roupa de pólo norte em pleno verão do brasil. as pessoas, mesmo as que a gente mais conhece, também ficam um pouco, digamos, alteradas.

querendo ou não, a gente tem uma relação forte com o calendário. quando o final do ano se aproxima, as últimas também semanas se tornam um momento de "balanços e perspectivas". é inevitável: o que cada um fez ou deixou de fazer mexe com as emoções da gente. e aí, não tem jeito: haja coração!

nos últimos anos, sempre que pude, passei o natal num lugar meio isolado, sozinha ou com poucas pessoas. o que realmente quero é uma pausa na corrida desenfreada dos dias. mas, enfim, estou feliz de estar em casa. as crianças crescem rápido, os amigos fervilham de ideias e o maior presente é um clichê: trocar com quem a gente ama.

2 comentarios:

vinicius dijo...

No próximo vem pro senegal, nanda. Como a galera é quase toda muçulmana, quase não se vê o Noel nas ruas. ;)

Paulinha dijo...

Nanda, há alguns dias venho tentando descobrir o motivo para tantas pessoas odiarem o Natal. Tanto no Facebook quanto no Twitter só vejo gente reclamando dessa época do ano... Virou clichê.

Também fico incomodada com o consumismo exagerado e com o stress que ele causa, mas evitá-lo é perfeitamente possível.

Aqui em casa o Natal é simples, sem necessidade de trocas de presentes, roupa nova ou grandes comilanças. O meu avô nos presenteia com um dinheirinho num envelope carinhosamente subscrito (que eu sempre guardo de lembrança), a minha avó faz o melhor pudim de leite condensado do mundo...

Estar com quem a gente ama e desejar coisas boas uns aos outros é muito bom. É claro que isso pode (e deve) ser feito em outras ocasiões, também gosto de comemorações inesperadas, mas na correria em que cada um vive, isso às vezes se torna impossível.

Por isso, vou na contra-mão: adoro Natal. Não o que tentam nos vender, mas aquele que a gente faz. De preferência, com quem a gente mais gosta.

Feliz Natal!